#70 PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - "ECCE HOMO!". (João 19,1-11)

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João 19.5 AVM
Apareceu então Jesus, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura. Pilatos disse: “Eis o homem!”.

O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós.

Anúncio do Evangelho Segundo São João 19.1-11

GLÓRIA A VÓS SENHOR!

PALAVRA DA SALVAÇÃO. GLÓRIA A VÓS SENHOR.

Meu querido irmão e minha querida irmã, amados!

Ao flagelarem Jesus,

os soldados romanos que eram politeístas,

descarregam sobre Ele todo o ódio e despreso

que tinham pelo povo Judeu,

pelos seus líderes e

pelo único e verdadeiro Deus

pregado pela religião judaica.

Talvez esse ódio e despreso,

não provenha tanto do fato de serem politeístas,

mas sim do escândalo que eram as

atitudes hipócritas dos chefes dos judeus.

Conforme já previsto por Jesus para toda a história da Igreja:

Lucas 17.1–2 (AVM)
“É impossível que não haja escândalos, mas ai daquele por quem eles vêm! Melhor lhe seria que se lhe atasse em volta do pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado ao mar, do que levar para o mal a um só destes pequeninos. Tomai cuidado de vós mesmos.

É por isso que Jesus diz a Pilatos ao

final desta passagem que acabamos de ler que:

João 19.11 (AVM)
“quem me entregou a ti tem pecado maior”.

Os chefes dos Judeus que foram escolhidos por Deus para

prepararem o povo para a vinda do messias esperado,

por causa de seus pecados e apego ao poder,

ao dinheiro e aos prazeres,

não conseguiram enxergar o messias que veio e

o estão entregando aos pagãos para ser morto.

Ao longo da história da Igreja e também nos dias atuais,

o escândalo de muitos dos escolhidos por Deus

para conduzirem o povo pelo CAMINHO, VERDADE E VIDA,

afastam da verdadeira religião muitos que são pequeninos na fé.

E causam o ódio de muitos outros que não tem fé e

que se levantam para flagelar o corpo de Jesus que é a sua Igreja.

Por isso, o escândalo de Seus escolhidos,

e aí incluem-se não somente os sacerdotes,

mas todos os batizados,

causa em Jesus muito mais dores que

os flagelos dos soldados romanos Lhe causaram.

Se Jesus fosse apenas homem como disse Pilatos

ao apresentá-Lo desfigurado aos judeus: “Eis o homem”,

já seria um enorme pecado a crueldade e indiferença

com o sofrimento de um semelhante tanto da parte dos

soldados romanos que o flagelaram,

como dos judeus que o entregaram e

que agora gritam “Crucifica-o!”.

Isso nos mostra a que ponto de falta de empatia,

de compaixão e de amor ao próximo

pode chegar um ser-humano que não conhece a Verdade,

que não reconhece Seu Deus e

não reconhece nos semelhantes

um irmão filho do mesmo Pai.

Mas o pecado do povo de Deus,

daqueles que foram escolhidos para a vinda

do messias é ainda maior,

e os soldados romanos de modo sarcástico

proclamam uma verdade:

que aquele homem desfigurado diante deles,

coroado de espinhos e com manto púrpura

é realmente o rei dos judeus, ou seja,

é o messias que eles tanto esperavam.

Mas Jesus é muito mais do que isso,

é também aquilo que os judeus não esperavam:

Ele é o Rei do Universo, o Rei dos Reis, Nosso Senhor e Criador,

por Ele e para Ele todas as coisas foram feitas,

Ele é o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós.

Na sua ignorância,

Pilatos acha que tem algum poder sobre Jesus, aliás,

os judeus que estão mendigando à Pilatos a morte de

Jesus também acham que tem algum poder sobre Ele.

Mas a verdade é que Jesus em obediência ao Pai

está entregando livremente a sua vida

para salvação de muitos,

tanto de judeus como de pagãos que se converterem

para formarem o novo povo de Deus que é a Igreja.

Somos a continuidade do povo de Deus do antigo testamento,

mas agora não mais fundamentados sobre as doze tribos de Israel,

mas sim sobre os 12 apóstolos;

não mais com vínculo de sangue da descendência de Abraão,

mas com o vínculo da fé e do sangue e da água

jorrados do lado aberto de Jesus na Cruz,

de onde brotou os sete sacramentos da Igreja;

não mais sob o julgo da lei,

mas sim guiados pelo Espírito Santo, o Espírito da Verdade,

a terceira pessoa da Santíssima Trindade e

que foi enviado à Igreja pelo Pai e pelo Filho em Pentecostes

e dado a cada um de nós individualmente no nosso batismo.

Não temos mais os holocaustos de carneiros, touros e bodes,

mas sim o sacrifício do Cordeiro de Deus,

que com sua Paixão e Morte reconciliou toda

a humanidade com Seu Criador,

sacrifício único e definitivo mas que se faz presente e

atual de forma incruenta na celebração da Santa Missa.

Deus não está mais distante de seu povo, mas Ele veio até nós,

se fez carne e habitou entre nós, é o Emanuel, Deus conosco,

que está presente na Sua Igreja, nos Sacramentos, especialmente

no Santíssimo e Diviníssimo Sacramento da Eucaristia,

onde nas espécies do pão e do vinho após a consagração,

já não são mais pão e vinho, mas sim,

o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E o que Ele quer de nós e que nos configuremos à Ele

Este homem, que é Jesus, em sua fraqueza e impotência, em sua mais profunda e nua humanidade, é aquele que possui o poder, como soberano juiz, de julgar, porque é o Filho do Homem (5,27).

Jesus declara a seu juiz que toda a autoridade que tem sobre ele lhe vem do alto. Não existe poder se não vem de Deus (Rm 13,1). De Deus recebeu Pilatos a autoridade, mesmo que ele não o saiba. Se Pilatos crucifica Jesus, o fará injustamente. O maior pecado quem o tem são as autoridades religiosas judaicas, que vendo, não acreditam, odeiam Jesus e o entregaram por sua própria iniciativa.

SEJA LOUVADO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,

PARA SEMPRE SEJA LOUVADO! AMÉM.

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